Maternidade atípica: os desafios do cuidado e da aceitação

Luciana Viegas, pedagoga e ativista, fala sobre a experiência de ser mãe e as pressões da sociedade

Por Andrea DiP, Claudia Jardim, Ricardo Terto, Stela Diogo, Rafaela de Oliveira | Edição: Mariama Correia, Agência Pública

Um menino negro e autista, que assistia a um espetáculo infantil, no Rio de Janeiro, foi agredido por um home no teatro da Gávea. Ele estava perto do palco, brincando e cantando com outras crianças quando foi segurado com truculência por um homem que reclamava de ter muitas pessoas na sua frente. O caso aconteceu no dia 4 de maio. (mais…)

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Adolescência: Por que o ódio às mulheres viraliza entre os jovens?

Feminista mais perseguida da atualidade, Lola Aronovich fala sobre como as plataformas lucram com o ódio na internet

Por Amanda Audi, Letícia Gouveia, Agência Pública

“Todo Natal falam que vai ser meu último Natal”, diz Lola Aronovich, docente da Universidade Federal do Ceará, blogueira, pedagoga e ativista feminista que convive com ameaças há mais de 15 anos. A Agência Pública recebeu a pesquisadora para um bate-papo ao vivo com a repórter Amanda Audi, transmitido pelo canal de YouTube da Pública. O tema “Adolescência: por que o ódio às mulheres viraliza entre os jovens?” foi escolhido por uma votação dos Aliados da Pública, que também indicaram a participação de Lola. (mais…)

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“Tenho medo de me acostumar com a fome e de que o vazio se torne meu amigo”

Testemunhas da Faixa de Gaza relatam dois meses sem ajudas humanitárias

por Francesca Ghirardelli, em Avvenire, com tradução de Luisa Rabolini, em IHU

“Tenho medo de me acostumar com a fome, de me contentar com uma crosta de pão e uma pitada de sal sentada à beira da mesa, e de que o vazio se torne meu amigo”, escreve on-line com sua trágica caneta a poeta Fedaa Zeyad de Gaza. Enquanto a Faixa afunda no risco de carestia, ela conta ao Avvenire como é insuportável “a ideia de que crianças criadas na guerra se acostumem a refeições pobres em proteínas. Aquelas que nasceram em 2022 e que agora têm três anos acham que as lentilhas são o alimento mais importante. Elas não conhecem o conceito de frango. Israel nos castiga com o cerco mortal a todos os nossos sentidos”. Há nove semanas, as autoridades israelenses impediram a entrada de suprimentos e ajudas. “Sinto-me como se tivesse 70 anos, mas tenho 26”, confessa Reem Hamad, uma professora de inglês deslocada na Faixa ocidental. (mais…)

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Cracolândia: uma militarização desastrosa

Atuação violenta da GCM de São Paulo impede acesso de usuários a políticas públicas de saúde e assistência social. Nota técnica do CNDH denuncia violações e propõe: abordagem de “moradia primeiro” é chave para superação da vulnerabilidade e garantia de direitos

por Guilherme Arruda, em Outra Saúde

A região conhecida como Cracolândia, cena aberta de uso de drogas no centro de São Paulo, já foi objeto de muitas intervenções equivocadas de diferentes governantes – não por outro motivo, segue existindo, décadas após ter surgido. No entanto, no último período, um novo ator se tornou o protagonista das constantes violações aos direitos das pessoas naquele cenário: a Guarda Civil Metropolitana (GCM), orientada pela Prefeitura da capital paulista a cumprir um papel extremamente violento. (mais…)

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Contra internações involuntárias, desfronteirizar o mundo

Hoje, fronteiras não se impõem apenas em países, mas servem para separar e oprimir populações periféricas, por meio de técnicas neocoloniais de controle. Essa é uma chave possível para explicar restrições aos direitos de pessoas com transtornos mentais

por Gabriela Leite, em Outra Saúde

No seu livro “Brutalismo”, n-1 edições (2023), o filósofo camaronês Achille Mbembe usa o termo “fronteirização do mundo” para se referir a um sistema de segregação, limites, interdição de direitos de ir e vir, impostos aos grupos periféricos, migrantes, indígena, negros, e todo grupamento divergente, ou que são considerados excedentes humanos, e portanto, descartáveis do sistema global de “capital humano”, e produção de riquezas. Trata-se, portanto, antes de tudo de técnicas neocoloniais de dominação e controle sobre pessoas e grupos sociais. (mais…)

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Internação compulsória de usuários de álcool e drogas é inconstitucional, dizem MPF, DPU e DPRJ

Nota técnica afirma que “acolhimento sem consentimento” viola direitos fundamentais de dependentes químicos e população em situação de rua

O Ministério Público Federal (MPF), a Defensoria Pública da União (DPU) e a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (DPRJ) divulgaram, nesta semana, uma nota técnica conjunta sobre a Lei nº 3.997/2025, do município de Niterói (RJ). A norma, que institui uma política municipal de acolhimento humanizado a pessoas com transtornos mentais e/ou em uso abusivo de álcool e outras drogas, foi considerada inconstitucional e inconvencional pelas instituições. (mais…)

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Direitos reprodutivos em disputa

As negociações da 58ª Sessão da Comissão de População e Desenvolvimento (CPD) da ONU foram travadas por obstruções dos Estados Unidos e da Argentina, que se opuseram ao debate sobre direitos sexuais e reprodutivos, temas ligados a gênero e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Por Kelly Ribeiro, no Portal Catarinas

A 58ª Sessão da Comissão sobre População e Desenvolvimento (CPD) da ONU, realizada em abril, em Nova York (EUA), terminou sem a aprovação de uma resolução final. Criada para monitorar a implementação do Programa de Ação da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento, realizada no Cairo em 1994, a CPD é um dos principais espaços globais de negociação sobre direitos sexuais e reprodutivos. (mais…)

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